Aquele pano no peito era tradução.
Decifra-te, pólen ambicioso das tardes pinceladas de saudade.
Almeja-te, cidade invisível pacificamente governada.
Escolhes-te o refúgio da vida, vendo passar na frente alguém perdido por um sorriso inesperado.
Ao passar bem por um desafio completo, se vê tola habituada, presa numa pele que rasteja e descasca, e não em uma alma que esquenta e amorena, vê em vãos das gaiolas da retina, a grama que aproxima corpos empalhados.
Ela, ávida de pergunta: A Estrela se escondeu depois que eu a descobri?
Com frio, a resposta retóricamente explode em espasmo, se perde ignorante.
Não escolheram passagem, dormiram bem, de baixo do estoque, ouviam as manivelas, ouviam o órgão motorizado, esqueciam um do outro.
Ouviam ecoando num cano próximo das orelhas, Paganini provocando a hipnose, e a mal sucedida tentativa da evolução mental, devorando eles, a ceia, a crise, o tempo.
O tempo devora o tempo devora o nunca.
Puta que o pariu, Paola, não gosto de adotar um tom demasiadamente elogioso quando trato de textos de pessoas que conheço, mas sua escrita já é muito mais que arrebatadora.
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