Ela se faz em sons, que voam como pássaros exóticos antigos. Suas palavras são intuitivamente pinturas, dalianas, desconstruídas de chegar, mas cada sílaba percorre um mistério próprio, recria outros.
Ele ainda se faz de fúria. Daquele último resquício do fogo de Prometeu, que corrói suas entranhas. À noite, a dor sempre é amiga. Suas palavras querem chegar, com impaciência ao fim,como se cada gota de seu sangue fosse usado em histórias patéticas.
Sabe-se lá, para onde se vai, e como. Mas que seja com som e fúria; som combatendo a fúria, som e fúria se fundindo para dialogar palavras que não precisam e nem conseguem ter qualquer sentido, sem ser aquele contrário aos passos macios das vidas macias...
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